- Governo chinês tenta reduzir preços de fertilizantes domésticos por meio de restrições à exportação
- Os altos preços do gás na Europa estão levando a cortes na produção de ureia.
- O direcionamento do mercado de potássio depende das importações do Brasil.
Há relatos de que o governo chinês esteja apertando as restrições às exportações de fertilizantes para reduzir os preços internos.
Três produtores de ureia em Shanxi, Hebei e Shandong foram solicitados pelo governo a suspender os pedidos de Certificados de Inspeção e Quarentena da China.
Pequenos produtores de fosfato em Hubei também foram solicitados a suspender os pedidos.
No entanto, outros exportadores de fosfato no sudoeste da China não receberam o mesmo pedido.
Os preços internos de fertilizantes têm estado muito altos nos últimos 12 meses, e o governo agora está tentando disponibilizar mais fertilizantes, reduzindo os preços.
As perspectivas para os preços da ureia são estáveis devido à demanda esperada do Brasil e uma possível compra pela Índia. Os produtores estão se segurando e não estão oferecendo seus produtos de uma forma agressiva. Além disso, os preços persistentemente elevados do gás na Europa indicam que o mercado espera uma grande redução ou encerramento da produção de fertilizantes na região.
Produtores de fosfato resistem a cortes de preços
Os produtores de fosfato estão sob forte pressão dos compradores para reduzir os preços, mas estão se segurando. A OCP, de Marrocos, decidiu não publicar os preços do ácido fosfórico na Índia e anunciou que todas as suas exportações para a Índia serão realizadas por meio da joint venture Imacid. Além disso, há incerteza sobre as exportações da China.
A direção futura dos preços do potássio é fortemente dependente das importações do Brasil. O Brasil vem importando grandes quantidades da Rússia e algumas fontes dizem que os estoques estão próximos da capacidade no porto de Paranaguá e no porto de Santos.
O verão no hemisfério norte, que é quando pouco fertilizante é aplicado, e a falta geral de demanda no Sudeste Asiático e no Brasil podem representar um desafio para os preços dos fertilizantes nos próximos 30 a 45 dias.