Pontos Principais
A Hanseatic Global Terminals é a operadora portuária da Hapag-Lloyd. Ela administra 22 terminais em 12 países, apoiando a rede global do grupo. Em 2025, adquiriu uma participação majoritária no terminal CNMP de Le Havre e encomendou straddle carriers híbridos para aumentar a eficiência e reduzir as emissões.
A Hanseatic Global Terminals é a divisão de Terminais e Infraestrutura do grupo alemão de transporte marítimo Hapag-Lloyd. Foi fundada em 2023 e opera sob esta marca desde julho de 2024. A empresa está sediada em Rotterdam, Holanda, e opera como uma unidade de negócios independente.
Perfil Operacional
A Hanseatic Global Terminals está presente em 12 países, operando 22 terminais na Europa, América do Norte, América Latina, Ásia e África. Através de seu braço de operações portuárias, a Hapag-Lloyd estabeleceu presença em diversos portos de contêineres importantes em todo o mundo, incluindo Hamburgo (Alemanha), Le Havre (França), Tânger (Marrocos), Port Everglades (EUA), San Antonio (Chile), Guayaquil (Equador), Nhava Sheva (Índia) e Tuticorin (Índia).
A Hanseatic Global Terminals anunciou planos para novos investimentos em seu portfólio, com o objetivo de expandir para mais de 30 terminais até 2030.
Destaques do Desempenho Financeiro
No primeiro trimestre de 2025, a Hanseatic Global Terminals apresentou resultados financeiros estáveis. De acordo com o relatório financeiro da Hapag-Lloyd, o “Segmento de Terminais e Infraestrutura” do grupo alemão de transporte marítimo registrou USD 109 milhões em receita, USD 36 milhões em EBITDA e USD 15 milhões em EBIT, sem alterações significativas em relação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar do desempenho financeiro estável da Hanseatic Global Terminals em relação ao ano anterior, sua contribuição para os resultados gerais da Hapag-Lloyd permanece irrelevante, já que as receitas do grupo no primeiro trimestre ultrapassaram USD 5,3 bilhões, o EBITDA ultrapassou USD 1,1 bilhão e o EBIT se aproximou de USD 490 milhões.
No entanto, isso não é uma preocupação para o grupo alemão de transporte marítimo. Como a maioria das outras transportadoras de contêineres, a Hapag-Lloyd não está focada em aumentar os ganhos e os lucros de sua divisão de terminais, mas sim em fortalecer sua presença em importantes hubs comerciais globais.
Os investimentos da empresa em terminais em todo o mundo não visam impulsionar os resultados financeiros, mas sim expandir sua influência no mercado global de transporte marítimo e construir um segundo pilar de força – além de suas principais operações de transporte marítimo – que pode moldar as tendências do mercado e mudar a dinâmica do setor de operações portuárias.
Investimento Recente na França
O mais recente grande investimento da operadora portuária e de terminais da Hapag-Lloyd foi a aquisição de uma participação majoritária na Compagnie Nouvelle de Manutentions Portuaires Le Havre (CNMP LH), operadora do terminal de contêineres Atlantique em Le Havre, França. Especificamente, a Hanseatic Global Terminals adquiriu 60% das ações da CNMP LH do Seafrigo Group, com sede nos EUA, que ficou com os 40% restantes. A transação foi concluída em março de 2025.
Três meses depois, a HGT anunciou uma atualização na capacidade de movimentação de contêineres do terminal francês com novos equipamentos, encomendando 14 straddle carriers* híbridos à Kalmar, fabricante finlandesa de equipamentos portuários. A entrega das novas máquinas está prevista para o segundo trimestre de 2026.
*straddle carrier é um equipamento de movimentação de materiais utilizado em portos, pátios logísticos e centros de transporte multimodal. Realiza tarefas de carga e descarga horizontais, manuseio, empilhamento e transbordo. O straddle carrier é sustentado por pneus de borracha e frequentemente equipado com um grupo gerador a diesel ou um sistema de acionamento híbrido elétrico.
A Hanseatic Global Terminals declarou que os novos straddle carriers híbridos serão os primeiros do seu tipo implantados no terminal francês e espera-se que ajudem a CNMP LH a reduzir as emissões locais, os custos de combustível e os níveis de ruído.
